Justiça do Reino Unido decide se extradita Julian Assange para os EUA nesta terça-feira
Procuradores norte-americanos querem processar Julian Assange por divulgar registros militares e telegramas diplomáticos sigilosos dos EUA pelo WikiLeaks. Justiça britânica julga pedido de recurso de Julian Assange
A Justiça do Reino decidirá nesta terça-feira (26) se o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será extraditado para os Estados Unidos.
Essa pode ser sua última chance de evitar uma extradição para os EUA nos tribunais britânicos. O Reino Unido aprovou a extradição em 2022. Desde então, Assange tenta reverter essa decisão.
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Procuradores norte-americanos querem processar Assange, de 52 anos, por divulgar registros militares e telegramas diplomáticos sigilosos dos EUA pelo WikiLeaks.
Os americanos argumentam que esses vazamentos colocaram em risco as vidas de seus agentes e que não houve motivos para esse crime. Os apoiadores de Assange o consideram um herói do jornalismo que está sendo processado por ter exposto irregularidades dos EUA.
Tentativas de evitar a extradição
A primeira tentativa de Assange de recorrer contra a transferência foi recusada. No mês passado, os advogados dele tentaram reverter a decisão.
Se Assange vencer, vai haver uma nova audiência para considerar novamente a sua contestação. Se ele perder, sua última opção seria um recurso na Corte Europeia de Direitos Humanos.
A esposa dele, Stella Assange, esreveu na rede X (antigo Twitter) que a chegou a hora: "Decisão amanhã", afirmou.
Disputas legais de Assange
As batalhas legais de Julian Assange começaram em 2010. Naquele ano, ele se refugiou na embaixada do Equador em Londres, onde ficou até 2019, quando foi arrastado para fora e preso por violar condições de fiança.
Ele tem sido mantido em uma prisão de segurança máxima em Londres desde então e até se casou no lugar.
Durante as audiências, em fevereiro, a equipe de Assange argumentou que o processo é motivado por política e disse que ele está sendo visado por ter exposto “crimes de nível estatal”.
Eles afirmaram que o ex-presidente dos EUA Donald Trump havia solicitado “opções detalhadas” sobre como matá-lo.
Promotores dos EUA dizem que ele não está sendo processado pela publicação de materiais vazados, mas por ter auxiliado e conspirado com a ex-analista de inteligência militar norte-americana Chelsea Manning para obtê-los de maneira ilegal, divulgando nomes de fontes e “colocando esses indivíduos sob grave risco de danos”.
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